Há muitos religiosos que interpretam erradamente esta sentença. Lembro-me de já haver tratado do assunto, mas estou insistindo em virtude de encontrar pessoas que ainda não o entenderam.

Costuma-se definir uma pessoa como boa ou má, e um dos piores comentários é dizer: "Fulano está com o diabo no corpo". Gravíssimo engano. Quem se acha sob má influência é aquele que faz tal comentário.

O homem não deve emitir opinião sobre o próximo, pois não tem capacidade para julgar o bem ou o mal, a sinceridade ou a falsidade. Isso compete a Deus. Quem se arroga o poder de julgamento está infringindo os direitos Divinos, porque é apenas um ser humano. É excesso de presunção, é uma atitude altamente condenável. Esse tipo de pessoa acha-se sob a ação do demônio; deve, portanto, acautelar-se.

Obviamente não possui verdadeira fé. Geralmente assume ares de grande seriedade, condena as crenças alheias e preconiza reformas na Igreja. Ora, se de fato houver maus elementos entre os fiéis, eles devem ser deixados aos cuidados de Deus, para que sejam convenientemente julgados. A preocupação humana é perfeitamente dispensável.

Confiar no poder humano mais que no Divino, é o cúmulo da pretensão, pois cabe ao Supremo Deus o governo de tudo. Aquele que erra, recebe primeiramente avisos Divinos; depois, se não se corrige, pode ser chamado de volta ao Mundo Espiritual.

Os antigos fiéis de nossa Igreja conhecem bem certos casos que confirmam o que estou dizendo. Portanto, todos devem procurar seguir esta norma: "Não julgue o próximo, mas julgue constantemente a si próprio". Quem age assim, compreende Deus.

21 de maio de 1952

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